Como um punhal esquecido no coração do querer O teu olhar fura e sangra a carne do endoidecer Vive de ser ventania soprando em todo lugar Varrendo a cor da poesia só pra poder me levar O teu olhar se derrama na palma da minha mão Semeia léguas de riso num improviso, canção Cacimba d’água minante, tem sede de poesia É cantador retirante pras terras da poesia Que traz uma palavra bonita que não se pode falar Varais vestidos de chita que veve de me acenar É vendaval na carreira Cantando nos mei de feira Num pé de vento voar Se por acaso eu tivesse só mais um pouquinho de poesia E pudesse engarrafar teus ói um dia Eu ia fazer um vim Pra mode beber todim E me embriagar de alegria