Olorum... Abra os caminhos para império desfilar No toque do tambor ressoa a louvação iorubá Um canto negro de adoração e fé Para otampê, rainha do candomblé África, soberana mãe da humanidade Teu berço embalou os orixás Do solo fez brotar a liberdade Herança que ao mundo encantou Traz de ketu o clamor da resistência de seu ilê-axé Orunmilá guia o destino da nação iorubá Religiosidade da família de aro Foi na costa da mina, que se ouviu um clamor Mas negro é forte, resistente a qualquer sorte Com garra não sucumbiu! Em seus grilhões quebrou lamentos Cruzando mares aportou no meu Brasil Otampê ojarô, linda guerreira! O “Sol da império” nos teus olhos vai brilhar Dos rios de oxum, relicário de beleza Às ricas águas de mamãe yemanjá Do ventre da terra Na Bahia teve a sua louvação Renasce a luz da esperança De oxumaré a proteção Com danças de afoxé Xirê, ritos de fé, rituais cheios de axé Mais uma vez o mar atravessou E o grande olokun abençoou E vai cumprir sua missão E assim, como a Império, voltou ao seu lugar Alaketu, terreiro de fé difundiu Ideais de candomblé pelo Brasil