Arde o Sol em brasa na Alegria do Vilar Nesse chão rachado, por um calor de lascar Brilha esperança no sertão do Cariri Dança o forrobodó que a poeira vai subir Vem lá do Agreste a fé que move o Caldeirão Romeiros de Santa Cruz do sertão Filhos da liberdade, emanando honestidade Zé Lourenço amansador de burro brabo Pelo Padim Ciço foi iluminado Sementes da terra, se fez revolução Deixando os Dotô aperriado Com a riqueza da plantação Mandacarú deu flor e fez cerrado Espelho da vida do povo flagelado O mansinho virou santo, mandingueiro Abençoando às almas, boi milagreiro Nossa senhora, me dê proteção Oxente, cabra da peste, se avexe não Páginas Deixaram traços Sertanejo é forte, vive um sonho real A enxada na mão, luz no coração Na batalha pela igualdade social Rasga o solo, semeia a união Índios e quilombola Bravura que ficou na história A luta do beato resistente Oh, pátria mãe nem tão gentil Olhai melhor pra tua gente Brasil