[Enredo: No Horizonte Eu Te Vejo] Quem é ela? Que perfuma a passarela Descendo a serra é o meu tesouro A flor mais bela estampada no pavilhão Meu grande amor Rosas de ouro Abre-se a porta do casarão Sai pra lá, assombração! Que a história eu vou contar São João Batista é testemunha Guarda e protege esse lugar No horizonte, em meio à campina Batizado. Carapina. Quanta história verdadeira! De além-mar chegou o que aconteceu? Catequizaram e levaram o que é meu A canoa vai virar Aueaue É o guerreiro Araraboia destinado a vencer Rosto pintado Arco e flecha em sua mão Vale tudo em defesa desse chão Quando a pele preta que chegou A batida do povo ecoou e o tal tupiniquim Viu enriquecer a região Com a miscigenação Se tornou tupi Benin É o braço forte do engenho Que faz brotar do solo a riqueza Tão bela casa dos frades brilha aos olhos da princesa São lendas, riquezas perdidas Ruínas que guardam segredos O casarão no horizonte ainda te vejo