Rompeu o som Da noite que esconde o olhar Na mata, o vento a soprar Mistérios de uma outra realidade No mesmo tom Rasga o segredo um brado feroz Teia do tempo, enlace dos nós O Manto da ancestralidade Revela: É hora de voltar Pra refazer a melodia Que rege a essência do meu lugar Ê auê! Contam as majés Dos igarapés, um sonho divino Vivo na imensidão, no tecido da razão O valor do seu destino Auê! Auê! Contam as majés Dos igarapés, um sonho divino Vivo na imensidão, no tecido da razão O valor do seu destino Ôô A natureza chora de saudade Ôô Quando a nobreza cobre a vaidade E reescreve nossa história sem pudor Mas esquece de exaltar o verdadeiro autor Eu vi Ibirapema e o pajé em ritual Senti a brisa ybitu num sopro ancestral Vestido de arco e flecha Erguendo um lindo cocar Armadura de Tupinambá! Ecoou na Cantareira A terra primeira, a voz dos herdeiros desse chão Por um Brasil ancestral, minha verdade é tupi Assojaba, céu do meu Tucuruvi!