De corpo fechado por inteiro Salgueiro eu sou Salgueiro! É carnaval no Rio de Janeiro A Sapucaí é nosso terreiro Canta povo da rua Pra firmar ponto na avenida Vem do islã, do império Mali a mandinga Chegando à África dos nossos ancestrais Essa magia pelo mundo se espalha Até chegar no Brasil, uma nação de fé Onde os ogãs da academia Vão batucar pedindo axé Ô Bateria Furiosa! Não deixe a chama apagar Bate tambor pro orixá Vai pegar fogo no gongá Não mexe comigo não Pois eu nunca ando só Com simpatia, reza forte e oração Peço a bênção pra vovó Laroyê, Exú! Guardião da encruzilhada Acende vela, salve as almas feiticeiro Preto velho mandingueiro O inimigo cai, eu fico em pé Ginga malandro Saravá seu zé! Tem proteção do pajé Com as puras ervas da mata Ê, lampião! Seu chapéu é sua devoção Tomo banho de pipoca, eu não nego! Contra o mau olhado Meu patuá sempre carrego! De vermelho e branco eu vou Me batizar nas águas de xangô Em nome do pai, do filho e do Espírito Santo! Amém, amém, amém!