Epa babá xeu epa babá Exu travesso no caminho de oxalá Epa babá xeu epa babá Nunca se esqueça do agrado de Bará Quem reina em Ifón é o obá Funfun Dobra o rum em seu louvor Ebô, cauri, marfim, efum e acaçá Pro dono do opaxorô Que um dia foi visitar xangô no reino de Oyó Ignorando o babalawô Não deu padê pro dono do ogó Senhor dos caminhos, exu Cruzou a viagem de Obatalá Três vezes maculando o branco do axó Quem mandou babá não fazer o ebó! Roubaram o cavalo de xangô Foi ele! Foi ele, acusaram oxalá! Quem roubou? Quem roubou, como assim? Aquele é o cavalo do alafim! Preso sete anos sua voz silenciou A morte campeou à seca inclemente O rei em desespero consultou ifá E um babalaô não mente Prenderam em seu reino um inocente Quando o reencontro dos obás aconteceu Ao povo de Oyó, xangô disse então: Água fresca, água fresca Lava a alma do senhor de Ifón Água fresca, água fresca Nessa noite de coroação São três festas na matriz, chama pro xirê Dá osé no ibá, toca o alabê No ylê da Imperatriz eu quero me banhar Com o axé das águas de Oxalá