África sagrada cintilante Herança que cruzou o mar (ô o mar) Berço da ancestralidade É a eterna mãe das grandes divindades Fez louvor a nossa fé Afastando o lamento Em novo solo, outro assentamento Da Casa Branca ao terreiro de Bogun Onde ecoa o adarrum Eterniza meu axé Salve a Bahia! Acarajé e Caruru Onde ecoa o adarrum É raiz do candomblé Bate no couro o alabê, abre o xirê O corpo vai balançar pra saudar o orixá Banho de abô, ervas para proteger A energia que emana do ilê Ê faraó! Escute o toque do agogô Tem batuque no Pelô e também na Curuzu O toque do afoxé, na paz de Oxalá A plateia aclama a sinfonia popular No palco erudito ressoa o atabaque O mundo aplaude a voz de um tenor O amor venceu! Todos os povos uma só nação Último ato, deixa a lágrima rolar A ópera preta é de emocionar Sou Em Cima da Hora, o meu canto hoje clama! Essa fé que me chama, invade o peito É arte negra, filha do terreiro Kolofé ao povo batuqueiro