Veja bem! O menino nasceu lá no morro Cresceu entre raios de fogo Na pedreira de Xangô Forjado nos ventos de Iansã Fez do samba seu Afã Guiando seu Orí Nas rodas e terreiros Devotado e Mandingueiro Na mata recebeu toda cura Ibejis na doçura dos brincantes Preto velho então lhe disse Meu fio vai ser comandante! No chão sagrado banho de cheiro No peito guias e lagdbás Quilombola feiticeiro Guardião dos ancestrais Genioso e tão divino O dom de ouvir o tom no ar Regente do seu destino Maestro da orquestra popular Não temeu assombração Odisseia de um herói Na sua imaginação O que é novo se constrói Só queria ver a sua gente feliz Um novo amanhã no seu país Revoou entre beija flores Num cortejo folia de cores Comunidade bate no peito Impõe respeito Como o mestre ensinou Oh mago e o Griô, olhai por nós! Soberana seja nossa voz Rodeia, rodeia Não me mexe com a beija flor Deixa a gira girar Vibra o tambor Teu filho vai baixar Laila renasceu em orixá