Outra vez! Nossa nação vermelho e branco em emoção Nos leva além do horizonte Onde o pôr do Sol se banha É o universo em perfeição Nos encantos da natureza Desponta a pureza de uma flor rara A virgem dos lábios de mel Guardiã dos segredos da força tabajara Cortando o vento rompendo barreiras O amor se fez na flecha e no luar Muda o destino de Martin e Iracema A floresta em festa, aplaude ao passar O olhar do pajé já previa A ira e o ciúme de irapuã Da paixão proibida Que desafia a lei de tupã Contra tudo, contra todos Manifesta a nova vida no ventre da cunhatã Oh, Moacir! Filho do amor e da dor No seio da mata, teu povo germinou Sagrada miscigenação o tempo tece Como flor ao vento, Iracema se despede A lenda do Ceará... Jamais se esquece Bate forte o tambor Que a jandaia vai cantar Ôh juremê! Ê! Juremá! Somos filhos desse solo, onde a alma emana Canto e danço à Iracema Minha tribo é o Bambas