Num hotel lá de Londrina Um boiadeiro chegou Procurando por armoço E a garçonete arranjou Ele foi sentar na mesa E uma moça levantou Onde senta um boiadeiro Nesta mesa eu não estou Quem era aquela mocinha, ai Boiadeiro perguntou Ela então arrespondeu Sou uma tár de prata fina Sou rainha do café Em Santo Antônio da Platina Milhões de pé de café Na florada é uma neblina Minha casa é muito grande Tem jardim e tem piscina Sou órfã de pai e mãe, ai O meu nome é Rosalina Boiadeiro arrespondeu Já vi que seu juízo é fraco Eu também sou homem rico Mas não uso este fracasso Eu tenho o meu avião Viajo sem fazer rastro Quando vou comprar boiada Eu levo dinheiro aos maço Cada fio do seu cabelo, ai É um boi que eu tenho no pasto Vendo as vacada leiteira E compro tudo seu café Reservo a boiada gorda Pra matar em Santo André Mil e oitocentos garrote Vendo num preço quarqué Também deixo o endereço Se a senhorita quisé Procure na noroeste, ai Pra saber quem é o Daniel E a moça de alta classe Então se viu rebaixada Boiadeiro me desculpe Que eu quero ser sua amada Ele então arrespondeu Com a voz entusiasmada Moça feia igual você Não quero nem pra empregada Riscou a espora no baio, ai E despediu da moçada