E quantos de nóis já sonhou, com poder e malote Novo milionário, os afilhado conta as Glock Quantos alcançou, e pôs a mão no pote Quantos arriscou no dia que tava sem sorte Mundão do cão né jão, mas sempre foi assim Irmão matando irmão, já vi vários Caim Quem quis me ver cair, pilantra na frieza Cresceu perto de mim, pediu minha cabeça Vai vendo aí ladrão como o bagulho funciona Uma hora o crime dá, na outra o diabo toma Não foi nem dois que eu vi se aposentar milionário Mas perdi a conta de quantos que já virou finado Tem que apegar em Deus é pra não cair nos laço Esquivar dos casteloso e pelos verme ser forjado Visando carro de luxo, dólar e mansão Não esqueça do cadeião, da vela preta e o caixão Joga as peça na balança, faz as conta, as soma Quanto aquilo trás, quanto aquilo toma De não comprar paz mas comprar escama Que se converte em bem mais grana e piranha Nóis sempre quis ter tudo, nunca tivemo' nada Tirado de lixo, criado à pátria amada Na dificuldade que se aprende ser homem Seu front não abandona nem passando sede e fome Vida loka maldita, sempre a mema' fita Outra noite vira e droga vira também Vendendo poesia, foragido da justiça Com a responsa da camisa, se der tranco, o quê que tem? Mano, sei que quis assim, é tudo no seu peitor Toda semente germina, cê' colhe o que plantou Mano, eu tô na mema' fita porém por falta de escolha Só mais um pobre louco focado em estourar a bolha Ô maldita vida loka', que trás as fase boa As melhor do job, na city várias boca Mas, mas abre o olho, vê onde tá entrando Vê onde que cê' vende, quem que cê' tá matando Nóis é os mais pezão nas costa, isso é que é esperança de paz Cê' se sente diferente, não entende os demais Tem que ter a mente forte, visão pra maloqueragem Pra todos os quatro canto, paz justiça e liberdade Ô vida loka' maldita, ciclo vicioso Dinheiro vai e vem, responsa de criminoso Nem tudo que brilha é ouro, irmão, fica ligeiro O crime dá e depois toma e te deixa no veneno Ô vida loka' maldita, ciclo vicioso Dinheiro vai e vem, responsa de criminoso Nem tudo que brilha é ouro, irmão, fica ligeiro O crime dá e depois toma e te deixa no veneno Bagulho é doido, é embaçado, aí, é mil fita Quantos moleque bom eu vi se jogar nessa vida Pela responsa, armamento ou o poder, vai saber, cada um tem seu motivo, pode crê'? Ou as vezes, o que afetou foi ver sua mãe desempregada As conta atrasada, sem comida em casa O ódio acumulou, e foi buscar na marra E nem que seja na bala, leva o sustento pra casa No começo é fácil, tudo vem muito fácil Logo fica fortão, no pique de empresário Mas o crime cobra caro, nem tudo é rosas O final é sempre triste, o diabo que comemora Vai pra cima, mete o loko', assina uns homicídio Faz sua cara na favela, tira uns ano no convívio Aí a lili cantou, Deus te livrou do inferno Te deu mais uma chance pra tu, seguir no certo Você não aproveitou, e se jogou de novo Fazer o que ladrão? Cê' quer ser é bicho solto Operando na quebrada, soltando os menino Fazendo chegar a responsa pros bandido De naveira do ano, as PT automática Aê sangue bom, nada vai livrar sua alma Quando chegar a hora que a espinha gelar O coração não bater, cê' parar de respirar E aí né? Adiantar ficar em choque? Aqui cê' paga o que cê faz, o que cê' planta cê' colhe Quantos mulecote, que eu vi partir, sem tempo de despedir, muitos nem tá mais aqui Altos queria sair, dessa vida bandida Não deu tempo, quando viu já era tarde, sem saída A polícia invadiu, projétil é de fuzil, e é só mais um favelado que morre aqui no Brasil Então para e pensa, me diz se compensa Viver pra morrer ou arrastando cadeia O bagulho é embaçado, só desacerto e atraso Mais guerra, mais inimigo, maldita lei do diabo Quantos moleque bom, se iludiu com as Glock As nave, os cordão de ouro, relógio, muito malote O crime cobra caro, não é brincadeira O final é sempre triste, trancou caixão de madeira No dia dos finado', uma foto pra ser lembrado Tristeza é pra família, que sente a dor, tá ligado? Quantos que já partiram, vários moleque bom Mas um dia nós se tromba, é a lei do louco mundão Ô vida loka' maldita, ciclo vicioso Dinheiro vai e vem, responsa de criminoso Nem tudo que brilha é ouro, irmão, fica ligeiro O crime dá e depois toma e te deixa no veneno Ô vida loka' maldita, ciclo vicioso Dinheiro vai e vem, responsa de criminoso Nem tudo que brilha é ouro, irmão, fica ligeiro O crime dá e depois toma e te deixa no veneno