A vida sempre feriu Solitária E o sofrer saindo Pra encontrar Os céu que tinha poeira Agora embarca O fim da minha estrada Abandonária Oh, de casa Palavra estuária Do polo deste rio Que água vai Levanto meu corpo Que hora cai Da vida que se atina Da barranca E me olha saudoso Da covanca Os olhos cheios d’água Do uruguai Ai-me do céu Dessa água corrente De tanta palavra Que me feriu Já saí do barro E vivo contente Mas falam de mim Lá dentro do rio Pesquei no cova sul Do sonhadores Amadureço em ti Alma de Deus O barco do abraço Que blastema A guitarra fogo Dos amores Nos adontes Viverei dentro das flores E o amor De mim será presente O destino do rio Já me pertence Meu silêncio faz parte Deste rio Sou ponto inicial De quem partiu O ponto final De ser ausente