Sete cavalos deslizam Sob o campo enserenado Na tropilha dos domados Dia a dia, se eternizam São mansos e corajudos Topadores de parada! Não temem tempo, nem nada São terra, acima de tudo Cada dia um novo pingo Cada pelo, a sua sina O que começa, termina Vai de segunda a domingo Assim manda o capataz Trocar o pingo da encilha São só sete na tropilha Cada um sabe o que faz! Semana que vem, são outros São mais sete que virão Não se pega redomão Vão se amansando de potros Depois da noite, amanhece E já tem pingo na forma Cada um sabe das normas Que na estância se obedece Pingo manso é uma confiança Pra cruzar a vida inteira Se encilha junto a boeira Se larga, com ela na trança Quem monta, manda e governa! Já disse um velho ditado E o tempo firma o passado Na curvatura da perna Sete cavalos eu tenho Cada qual com seu andar Pra adiante vão me levar Do muito longe que venho!