Eles usam seus filhos Eles usam seus pais Suas santas ações em orações dominicais E eles usam palavras Que são suas escravas E eles falam na frente as que jamais dizem por trás Usam nossa saúde E a nossa juventude Usam nossa inocência carregada de paixão Usam nossa piedade Nossa passividade Usam nossa esperança embriagada na ilusão E nós usamos um nariz vermelho Nós usamos um nariz vermelho E eles usam figuras Usam as escrituras Usam muitos provérbios mas não ouvem seus conselhos Eles usam estola Usam fraque e cartola Um caixão como cama sem reflexo no espelho E nós usamos um nariz vermelho Usamos um nariz vermelho Fomos nós que escolhemos Fomos nós que os ungimos E beatificamos, nos curvamos, submergimos Fomos nós que elegemos Somos nós quem votamos Nós que os esculpimos e agora os carregamos Nós que os fabricamos (fabricamos) E depois os vendemos (bem barato) Foi a nossa ganância, nossa infância, nosso engenho É que somos tão crentes (crentes) E somos tão carentes (ai, ai) Esse é o nosso destino (ai) Merecemos (ai) e exibimos O nariz vermelho Nós usamos o nariz vermelho (vermelho) E exibimos esse nariz vermelho Nós usamos o nariz vermelho (vermelho)