Eu tô chegando nesse bolicho de estrada Pois tem cordeona e bofetaço de pandeiro China gaviona, canha buena e carpeteada Carta marcada, unha e graxa de candeeiro Virtude buena da changa que mostra os dentes É não ter medo de pelego e de carona Vamo atracando alpargata no chão batido Rosto colado, entretido no resmungo da cordeona E é um tal de mexe-mexe, fuc-fuc Gingue-lingue, puf-pá, no vanerão Rio de piranha jacaré nada de costas E eu vou fazendo proposta pra me escapar do facão E é um tal de mexe-mexe, fuc-fuc Gingue-lingue, puf-pá, tá bom de mais Posar de graça, pedir dinheiro pra china Meter tudo em jogatina, isso é coisa que não se faz Faz muito tempo que a sorte não me acompanha Tenho um cavalo ligeiro de se escapar Vivo de golpe, vendendo sonho pra o povo E o delegado tá querendo me pegar Ando mais liso que cherenga de açougueiro Pois não me nego churrasquear com a parceria Tô sempre bem pronto, deito tarde e pulo cedo Porque sei que o chinaredo dorme inté de meio-dia