Primeiro segredo (Letra e Música de Reginaldo Mesquita) Caminhando contra o tempo, passeando por minhas recordações Num tempo em que eu tomava baré tutti-fruti Enquanto tantos se envergonham Do passado, um passado que mora ao lado Do lado de dentro das minhas emoções Sou criança: menino bonito, ai. Menino bonito, ai Irritantemente adorável Das lembranças que tenho de meu pai Sou o filho que ele sempre quis ter e ver crescer -Vai trabalhar, meu filho, vai! / -Vai trabalhar , meu filho. Pai, o mundo não é meu nem seu. Você não disse que a velhice iria nos perseguir por toda a vida até que ela me encontrasse Ah, se todos se perguntassem quantos anos têm Saberíamos de pessoas com mais de cem. Tenho saudade cansada dos problemas que eu já resolvi tenho saudade de casa, cada caso um reflexo de si tenho saudade da rua onde cresci e sentia um pouco de medo. Hoje toneladas de ódio asfaltam meu primeiro segredo. Quem não tem medo, meu amigo, do inimigo do tempo? Que faz com que o vento sopre em nossas caras a verdade de que tudo passa Somos a massa da poeira estelar Somos a massa da poeira estelar Somos a massa, a massa. Que Massa! Hei de confessar que eu tenho medo daquilo que entope a aorta eu tenho medo de quem se esconde atrás da porta e não quer entrar Somos a massa da poeira estelar Tudo porque a idade chegou O peso da idade chegou, meu pai Tenho saudade cansada dos problemas que eu já resolvi tenho saudade de casa, cada caso um reflexo de si tenho saudade da rua onde cresci e senti um pouco de medo Hoje toneladas de ódio asfaltam meu primeiro segredo. Meus cuidados te roubaram meu passado, pequeno.