Fazenda Joaquim Augusto Só vendo que maravía Boiadeiro muito forte Tanto compra como cria Na sua grande invernada Que tem uma camparia Tinha um mestiço pintado Que inté na sombra investia Cada vez era mais brabo Quanto mais ele insistia Quisero ver se amansava Mas ninguém com ele pudia Em cada lote de gado Que o Joaquim Augusto vendia Todos gostava do boi Mas levá não conseguia Quando eu vim de Mato Grosso Minha fama já corria Eu era um peão de raça O perigo não conhecia Joaquim Augusto chamô Eu mandei dizer que ia Pra mim quebrá este mestiço Ganhâno o que miricia No outro dia cedinho Fui logo na estrebaria Passei a mão nos arreio Arriei a mula turdia Eu levei o meu cachorro Pra maió das garantia Com cachorro pega- boi E pra pegá nem latia Quando eu cheguei na fazenda O povo todo sabia Que eu ia pegá o místico Que nessa banda existia Achei o bicho furioso No meio dumas nuvía Joguei o laço de pialo Que os quatro tento ringia Truxi o bicho pra mangueira Coisa que ninguém fazia Eu fui pra tirar o laço Mas o povo não queria Joaquim Augusto viu isso Começô na gritaria Minha gente acuda o pião Que hoje chegô seu dia Tirei o laço do chifre Boizinho nem se mixia O boi já tinha matado João Bispo e Juca Faria Mas quando eu peguei o bicho A turma em peso dizia Hoje o mistiço encontrô Quem quebrô sua valentia