O luis era estofador Estava sempre a martelar taxas, pregos nos sofás Era um craque sem se cansar Martelava noite e dia E assim ele era feliz Um dia o martelo soltou-se E foi esmurrar-lhe o nariz Três meses esteve de baixa E o martelo repousou E mesmo depois desse tempo o nariz não melhorou Perguntou à sua vizinha se não queria martelar Ela ficou tão comovida, começou logo a trabalhar Ó Luis, ó Luis Deste cabo do nariz Ó Luis, ó Luizinho Tu és muito jeitozinho ó Luis, ó Luis Deste cabo do nariz Ó Luis, ó Luizinho deste cabo do focinho Com a vizinha no martelo eram dias sempre a abrir marteladas no sofá E o tecido a polir O Luis renovou a baixa E a vizinha conceição Quando tinha dificuldades ele dava-lhe formação O despertador tocou levantou-se de repente Deu com os cornos num armário parju um nariz e um dente Afinal foi tudo um sonho Nem martelo nem vizinha ela não era estofador Era bancário em caminha