Meu galponeiro idioma reculatado nos fogões Traz suor dos redomões e respingos de luzeiro A rapidez dos matreiros e o restos de um bailecito Toldado de céu bonito quincha maior dos pampeiros Dos conselheiros de mate tive os poetas maiores E os payadores melhores improvisando inconstâncias Andei com eles distâncias de mil picadas que abri Para o meu canto sorrir na evocação das estâncias Quinchar mangueira empredrada destino do céu que tenho Das tolderias que venho sobrou meu sangue torena E a intimidade serena de arrocinar meus cavalos Depois com gosto cantá-los rondando a noite morena Por isso meu idioma tem braseiro nas rimas E acorda o vento nas crinas na correria selvagem Que um dia tornou-se imagem no olhar daquele que escuta O teto das reculutas que eu arquivei nas paragens