Os homens vagos sempre, vagando sempre e sem parar E sem saber onde chegar, seguem vagando sempre em vão E vão a cada passo, num descompasso acabar Querendo a terra o céu e o mar, quando só precisam de um chão Cada um criado pra ser o melhor, se esqueceu de olhar ao seu redor Justifica os meios pelos fins, não enxerga além do que quer não sabe que assim Nem amor nem a fé nem dinheiro, não Nada disso vai comprar Sua felicidade depende amigo, da capacidade de pensar E saber que ela não é desse mundo não Quer dizer que não seja real É preciso às vezes saber que é preciso fechar os olhos pra ver, o essencial Você pode correr por milhas, tentando alcançar o céu, onde ele se encontra com o chão Mas a verdade é que no horizonte, além do que se vê sempre se esconde O caminho para além de onde o mundo parece acabar E os livros não contam suas histórias pela capa E as frutas guardam sua semente além da casca E pode parecer bem simples, mas o que eu quero dizer É muito difícil, pra tanta gente entender Os olhos não são o bastante pra enxergar O bastante se esconde onde não se pode tocar A essência não tem forma nem cor e pra se ver bem seja lá quem for É preciso olhar com o coração Se hoje eu tenho bem mais, do que quarto espinhos pra me defender Nunca é tarde demais, pra reaprender a ver afinal o essencial Pra reaprender a ver afinal o essencial Gente grande não entende nada, cobras abertas, cobras fechadas Os olhos estão cegos Os homens se esquecem da verdade, se apegam a coisas que tem validade Então meu bem, não se deixe envelhecer Ver como criança é nossa chance de mudar Aprender como crescer ver, o tempo passar Sem lhe calar o coração, só assim terá real visão De como as coisas, realmente são Se hoje eu tenho bem mais, do que quarto espinhos pra me defender Nunca é tarde demais, pra reaprender a ver afinal o essencial Pra reaprender a ver afinal o essencial… É invisível aos olhos