Eu sou escravo das patas do meu cavalo Onde elas batem também bate o meu destino Vou feito a luz rompendo auroras do futuro Meu canto é puro, meu galope um desatino. A fé que trago embandeirada no peito Torna meu jeito abagualado mais sereno E o meu sorriso se concebe a cada passo Quando me alço e de horizontes me enveneno E hei, vida vê, que sina de louco Eu falo pouco, paro tanto, que conheço E tenho visto tanta coisa nesse mundo Que sei ao fundo o que sou e o que pareço Pareço o vento sem saber pra onde vou, Mas chego sempre onde preciso me achegar, Talvez por força de algum Deus Peregrino como eu Ou pelo tino, sumo e volto a me encontrar