Eu venho lá da fronteira com as quarenta na mão Para ensinar-lhes o truco, nos versos desta canção Quando se joga de mano, ou seja, só entre dois Quem corta sempre é o mão pra dar as cartas depois Pra começo de conversa veja se tem pro primeiro Agregando vinte pontos com duas do mesmo pêlo É envido! Não facilite vinte e nove é morredor Se for três do mesmo naipe diga um verso e cante flor - "Yo venía de Buenos Aires num barquito a Vapor casi, casi cayó n'àgua para agarrar una 'Flor'". Joga-se muito entre quatro, famoso jogo de dupla É bom que quem joga pouco, tem sempre em quem por a culpa Espadão, e ás de basto, sete de espada e de ouro As quatro que não se empardam e não levam desaforo Os três e os dois em seguida, os guembe e o valente rei Pra esse nunca se mente, e isso no truco isso é lei Uma perninha é mutuca sempre tira boi do mato Com manilha meta truco, dispare do vale-quatro Meia dúzia de parceiros, doze tento é a virada Na testa ninguém se empresta e quem chama é o pé da rodada Primeiro se aprende as regras depois se aprende a mentir Se cuidem com os calavera que eles andam por aí Fica o último recado deste gaúcho pajador Quem tiver azar no jogo está com sorte no amor Façam seu jogo senhores quem se arrisca aprende a manha Como é no truco é na vida quem não aposta não ganha!