Digo gracias pelo baio que convida Digo gracias pelas encilhas que tenho Digo gracias pelos dias de setembro Digo gracias àquela prenda tão linda, toda linda Xangai em campo florido Pelas crias paridas nas maçanilhas Estes bastos que não conhecem distâncias Fazem vida pra quem tem vida na pampa Digo gracias sacando sombreiro Digo gracias à vida, sombreiro, vida buena, milongueira Digo gracias sacando sombreiro Digo gracias à vida, sombreiro, vida buena, milongueira Digo gracias pelas porteiras abertas Digo gracias pelo perro que acompanha Digo gracias pelos serviços na campanha Digo gracias pelas manhãs do vivido Pero um colvido daquele posto do fundo Grande amigo com charque e mate cevado Sente o pouso ao campeiro mastereado Mais um trago em versos bem milongueados Digo gracias sacando sombreiro Digo gracias à vida campeira, vida buena, milongueira Digo gracias sacando sombreiro Digo gracias à vida campeira, vida buena, milongueira Digo gracias por uma sombra de mate Digo gracias por um pedaço de assado Digo gracias ao céu que vem estrelado Digo gracias pelo laço bem trancado Enfoquilhado nos rastros dos corredores E os sabores que trago dessas lembranças São de heranças pra quem alcança comigo Essas coisas pelas tardes de domingo Digo gracias sacando sombreiro Digo gracias à vida, sombreiro, vida buena, milongueira Digo gracias sacando sombreiro Vida buena, milongueira