Eu tinha apenas nove anos Conheci uma garota que parecia legal Já estava nos meus planos Me aproximar, falar com ela, ter amizade normal E nem podia imaginar Que estava prestes a ser humilhado assim Eu falei: Vamos brincar, se divertir Ela falou: Você é muito feio, se afasta de mim Eu não soube o que fazer Então procurei um lugar pra me esconder Pra chorar e ninguém ver Então cresci com esse trauma da infância Atormentado, sem nenhuma esperança E nem sabia que isso ia acontecer Umas vinte ou trinta vezes de lá pra cá Eu juro que tentei desabafar Mas ninguém nunca quis me escutar Depois não venha fingir Que você se importa, por favor Só me falou: Para de drama Porque você nunca sentiu essa dor Você não sabe o que eu Passei quando criança Eles implicando com a minha aparência Me fez crescer um jovem sem confiança E agora aos vinte e dois tenho demônios Sussurrando na minha mente O revólver tá na gaveta É só pegar que vai ser diferente Sabe quando você sente Não pertencer àquele lugar? Sabe quando você deita à noite Rezando pra no outro dia não acordar? Esse sou eu, pode me chamar de fraco Talvez eu seja mesmo, nunca fui tão forte Da minha vida você não sabe um terço Ou porque tô preferindo a morte Pode dar risada dizendo que É frescura ou que é só fase ruim Mas olha a pilha de remédios, nenhum deles Tem a cura pra isso que tem dentro de mim Me encaro no espelho Olhos vermelhos, inimigo interno Se Deus existe mesmo hoje eu vou descobrir E se ele for real acho que vou para o inferno Depois não venha fingir Que você se importa, por favor Só me falou: Para de drama Porque você nunca sentiu essa dor Você não sabe o que eu Passei quando criança Eles implicando com a minha aparência Me fez crescer um jovem sem confiança E agora aos vinte e dois tenho demônios Sussurrando na minha mente O revólver tá na gaveta É só pegar que vai ser diferente