Meu trem não é o das onze, é o das seis Que passa nos trilhos da linha do Metrô Não tenho varanda gourmet Mas vejo a cidade acordar Da janela do meu cdhu As águas barrentas do rio sobem lá Um dia levaram o que eu tinha pro mar A lona preta, um colchão Com as sobras de uma construção Ergui de novo meu teto no lugar O fogo do inferno que sempre arde lá Um dia levou o que eu tinha pro ar As trouxas de roupa no chão As tralhas em um caminhão Foi o que restou do meu humilde lar Um dia a força do trabalhador Fez um edifício pra gente ir morar Não tem varanda gourmet Mas vejo as estrelas no céu Da janela do meu cdhu Não tem varanda gourmet Mas vejo as estrelas no céu Da janela do meu cdhu Da janela do meu cdhu Da janela do meu cdhu Meu trem não é o das onze, é o das seis Meu trem não é o das onze, é o das seis