Rasga o céu e as certezas Chove em mim esse acaso Lágrima solta no fim da tormenta Vontade forjada em aço Desejo cego que aflora Em peito calejado Luxo de despir o próprio futuro Escolher não ser condenado Sonho febril Me desperta a vista e as mãos Que nada seja mais forte Me faz crer Que eu não existo em vão Estranha o que é dito há dias Salva tua casa e o chão Guarda o que couber Dentro de poesia Necessária imensidão Sonho febril Me desperta a vista e as mãos Que nada seja mais forte Me faz crer Que eu não existo em vão Que eu não existo em vão