Tão cedo pra se levantar da cama E tão tarde pra me despedir De tudo que convém Me solto desse abraço e me entrego à memória Outro dia, outra hora, outro alguém E a passos sofridos, meio tortos, eu me viro O caminho é a rotina que se tem Se tudo é um instante à mercê de variantes Já não vivo mais no ontem e o amanhã Não vive em mim, também E a vista cansada já não falha Se é noite, amanheceu por onde eu vim A sorte prevalece no acaso de quem faz Um recomeço na hora de partir A vida não tarda a mudar o vento, eu sei Quem me dera ter mais que um momento De tudo que sonhei E então, raiar o dia nos olhos do tempo Que os ponteiros não sejam resposta E a graça de quem vive intenso lampejo Revele ao peito quando ir embora A vida não tarda a mudar o vento, eu sei Quem me dera ter mais que um momento De tudo que sonhei E então, raiar o dia nos olhos do tempo Que os ponteiros não sejam resposta E a graça de quem vive intenso lampejo Revele ao peito quando ir embora Tão cedo pra se levantar da cama E tão tarde pra me despedir De tudo que convém