Debulhando pinha se repontam sonhos Se fala do tempo e do amor antigo Debulhando pinha se debulha a alma Nas frias noites calmas de viver contigo Em tempos de antanho que a história registra Me embrenhei nos ermos desses matagais Dos campos serranos de pastagens ralas Do azul das gralhas... e verdes pinheirais Na lida da pinha conheci Maria Cresceram meus filhos, lidando também Enterrei sementes nas curvas do pastos Onde os verdes rastros se encontram com o além Colhi pinhas verdes tais como a esperança Tempos de bonança e de querer bem Hoje volto triste, trotando lembranças Debulhando pinha pra colher pinhão Na beira de estrada, trilha dos tropeiros Antigos romeiros, marca desse chão Pertenço a essa gente de origens várias Sob araucárias plantei meu coração Que voe minha alma e encontre noutro mundo Um solo fecundo pra plantar pinhão Na lida da pinha conheci Maria Cresceram meus filhos lidando também Enterrei sementes nas curvas do pastos Onde os verdes rastros se encontram com o além Colhi pinhas verdes tais como a esperança Tempos de bonança e de querer bem