Um peão a cavalo cruzando a invernada Um laço girando, um boi na arribada O estouro gigante de uma boiada Com seu boiadeiro, tarefa arriscada A noite o descanso na rude pousada São esses os temas da minha toada Minha boiada, meu carro de boi Quanta saudade do tempo que foi Ei, ei, boi, eia boi..! Às vezes lembrando a vida passada Parece que estou carreando na estrada Vejo os bois puxando a carreta pesada Abrindo dois sulcos na terra molhada A marcha dos bois muito bem ritmada Fornece o compasso pra minha toada A vida da gente é uma sala fechada Quem está de fora não enxerga nada Não vê quantas mágoas ali tem guardada Não pode entender se for revelada Só quem no passado lidou com boiada Conhece a tristeza da minha toada