Nas terras guardiãs de minha história, Onde o vento e da memória, Continua a me levar. Beiradas onde corre o velho rio, São nascentes de caminhos, Que ainda estou a procurar. Lá onde a saudade ergueu morada, E abriga o que de mim não passará. Eu sou do interior, sou brasileiro, Das gerais eu sou herdeiro, 'vez enquanto' eu falo 'uai.' E sob o céu tão pontilhado de estrelas, Brotam cores madrugueiras enfeitando o meu lugar. O sino toca o povo vai abrindo a porta, Chora o som de uma viola pra alegria regressar. E canta a voz que já nasceu sofrida, E reza a voz que nunca desistiu, Tocam suas vinhas as mulheres, Que nos filhos já escrevem: 'neste interior tem deus.' No meu interior tem deus, Tem deus, tem deus. Eu sou um território sem fronteira, Coração não tem porteira, Mas quem manda aqui é deus. (2x) No meu interior tem deus. (4x) No meu interior tem deus, Tem deus, tem deus. Eu sou um território sem fronteira, Coração não tem porteira, Mas quem manda aqui é deus. (2x) No meu interior tem deus. (4x)