Hoje é um daqueles dias em que a esperança parece escapar entre os dedos cansados O mundo em preto e branco sem rosas para perfumar os caminhos a trilhar Sabe-se lá onde quero chegar Não me pergunte para onde vou Hoje eu vou me perder por aí Em busca de algum destino, há tantos As certezas tentam me alcançar, e eu acolho todas as possibilidades ignorando previsões Procuro um amigo na multidão sem rosto Mantenho vivo o meu coração No carnaval não me procure na confusão Eu estarei no sopro do luar, em vão Não me pergunte para onde vou Hoje eu vou me perder por aí Em busca de algum destino, há tantos Trouxe meu corpo pra descansar nas águas doces da tempestade Cristo era alegre e simples antes do primeiro cristão Defende seu castelo, tempo de senão Essa dureza rude e nua de razão Ficou tudo para traz, inclusive eu Em vão tento conter a indecência, é ela que se faz rainha de mim Deus às vezes parece não saber que tudo passa O coração sagrado não morre A voz do meu desejo pede carne, pede Deus Pede o agora e a eternidade O coração sagrado não morre!