Havia um tempo em que um coração amigo Era o bastante pra eu me sentir tranquilo Eu não conseguia fazer-me escutar Quando não tinha mais nada pra falar Hoje sei demais, mas nada disso é meu Moro num castelo, mas ainda sou plebeu Uma dose certa de solidão A um coração que não sabe amar (laia, laia, laia) Eu sei de cor o caminho pra levar a ilusão À beleza de sonhar Não há loucura que esconda esse penar E nem carinhos que acabem esse horror Mas a dor vai encontrar um outro lar (laia, laia, laia) Ao esquecido ser um sorriso À força triste um amigo Ao sábio ignorante um abrigo São apenas rostos tristes em quadros sem cor As suntuosas misérias na sala de estar Estão tranqüilas a te esperar No destino errante eu sou o tempo