Nas noites negras do pampa onde desponta o cruzeiro As unhas dos violeiros desenham na boca dos tampos Num dedilhado atrevido, ou num solo de guitarra Nas tertúlias essas garras alegram a vida nos campos Manchadas de fumo e terra levam sustento ao rancho Na rapina de um carancho cumprem bem sua função Maltratadas pela vida preservam chagas de luta Pois ao chegar da labuta trazem as marcas do chão (Nas unhas de um missioneiro se aquerenciou o rio grande Por onde quer que ele ande sempre ostenta sua pose De mãos dadas com a viola num casamento gentil Alisando fio a fio suas melenas de bronze) Quando me vou de a cavalo pra tocar baile nas grotas Chapéu de aba bem torta e o pala batendo ao vento Na guampa levo uma pura, para espantar os meus medos Trago na ponta dos dedos todo rocio do relento E no pescoço da xina são elas que dão afago Pra amenizar o estrago não deixo virar cambicho Na estrada curta do andejo não importa qual pousada Não vive pra namorada só quer viola e bolicho