Os teus cabelos vão melhor ao Natural que lisos Anjo que revolve a poesia, o Ar E vibram qual canção como em Reflexos frisos Como não fosse mais possível Respirar A minha dor de parto traz à luz Delírios Que aquele que tem olhos para Ver, verá E quando o olhar contar que, às Vezes, o silêncio basta O mar, a calmaria, os pelos vão Se arrepiar Se a vida fosse só uma Novela, um livro Quem sabe a gente poderia Até se apaixonar Pelas palavras, pelos versos Ora lidos Por esse olhar furtivo a nos Espreitar? Se a geografia fosse virtual Vestígio Se eu pudesse agora, enfim Te alcançar O que eu não faria para estar Contigo E ver-te, então, de fato em Vez de sonhar? A tua voz insiste (é um Sussurrar no ouvido) É movimento aflito, um não Querer parar Quem sabe esse clamor tão Quântico, atrevido Invente um bioloid de mente Raríssima? Quem sabe o microscópio um Dia possa dar sentido Pra tudo o que a ciência nunca Pode dar? Será que a fé (ao que é Humano, tão subjetivo) Por que é que a gente é Freud, pode explicar?