Eu sou um filho malvado,que por eu não ter pensado, despachei meu pai de casa. O pobre velho se foi, levando um couro de boi, e o coração em brasa. Joguei meu pai no desterro, fiz em vida o seu enterro, oh que grande ingratidão. Sou um filho renegado, este meu grande pecado, nunca mais terá perdão. Depois que ele foi embora, meu filhinho sempre chora, com saudade do vovô. E me pede papaizinho, vá buscar meu vovozinho, que daqui você tocou. E eu tendo procurado, o meu pai idolatrado, tive esta informação. Lá na barranca do porto, encontraro um velho morto, e um couro de boi no chão. Com o coração em pranto, eu entrei no campo santo, e pedi pro diretor. Quero que faça uma laje, e na cruz bote uma imagem, de Jesus Nosso Senhor. Na pedra escreva que jaz, quem era o melhor dos pais, e que tão mal pago foi. quem está neste jazigo, morreu tendo como abrigo, um simples couro de boi. Comprei um maço de vela, fui acender na capela, pra meu pai recomendar. Nesta hora eu vi um clarão, dentro dele uma visão, que parou nos pés do altar. Era meu santo paizinho, que me disse meu filhinho, aqui estou não chore mais. Pelo muito que te amei, teu pecado perdoei, Pois um pai é sempre pai.