Quando vi que só tinha asfalto Que não existia planta e plantação Que só existe o caos no trânsito Que essa é a lógica existente no seu âmbito Pensei: Que calor e que sufoco Aqui falta sombra e falta de tudo um pouco Não podemos perder o que não temos Não podemos lamentar como o sertanejo Mas aqui ainda podemos ter Rosinhas Nos quintais ou presas nas cozinhas E todo dia as ganhamos e as perdemos Por isso lamentamos e sofremos A asa urbana é a do avião Descendo no aeroporto E traz para nós mais uma ilusão Que serei livre antes de estar morto Esperamos a chuva para refrescar O clima confuso e a mente quente Ouvindo música para descansar Pois na cidade não há tempo para um repente Mas de repente virei um repentista urbano Admirando ver você me olhando Esperando que o baião quebre o encanto Sobre o nosso coração E que no apartamento acabe a solidão A asa urbana é a do avião Descendo no aeroporto E traz para nós mais uma ilusão Que serei livre antes de estar morto A asa urbana é a do avião Descendo no aeroporto E traz para nós mais uma ilusão Que serei livre antes de estar morto A asa urbana é a do avião Descendo no aeroporto E traz para nós mais uma ilusão Que serei livre antes de estar morto