Quando a água da cambona no braseiro Mescla a seiva de um jujo por costume Um rádio a pilhas alça ao canto de um campeiro E a alma em festa transformar-se em vaga-lume De longe o eco que se esvai pelas janelas Ponteando acordes nos rincões estrada afora Vai anunciando que um irmão abriu cancelas E um verso amigo sem querer causou escoras (Estes programas regionais que a lo largo Quebram quietudes pelo ermo da distância Dão um sabor diferente ao mate amargo Na parceria dos peões pelas estâncias) E então são chasques as pessoas mais distantes Uma saudade, uma emoção que se conserva Como se a vida fosse a cuia nesse instante E pra esse mate reservar-se a melhor erva Senhores guapos que encilhando partituras Levam pros ranchos as canções dos índios vagos Pois cada rádio é gralha azul em semeadura Plantando sonhos e a história deste pago