Acontece a um domador Que anda a buscar emprego O mundo mau lá oferece Uns potros baios e negros Mesmo depois de maneados Corcoveiam sem sossego Pega na orelha que eu monto Ao mundo solicitou A ânsia desse ginete Nas chilenas se enredou Nunca encilhar potro alheio A vida então lhe ensinou Ginete longe dos bastos Não vive os seus momentos Não olha o pelo do xucro Vindo de encontro aos sentimentos Gineteando nos agostos Congela a face ao vento Aos olhos de povo e manso Choraram ao ir embora Nunca mais domo potros alheios Que andam estrada afora Se o mundo oferecer outro Dependuro minhas esporas Vou dar um tempo-ao-tempo Vou recompor meus arreios Talvez emendar o tento Que penduro meus anseios Pra nunca mais encilhar Potros malinos e alheios