Quando os vermes perfurarem os teus olhos E as formigas alugarem tua boca Quando os ratos roerem tua pele E teus cabelos desprenderem-se E o silêncio e a escuridão da cova Forem teus únicos companheiros As vísceras retorcidas, ressecadas O sangue coagulado apodrecendo A carne espatifada do patife Que és tu, grande homem Ah, quantas coisas fizeste antes disso Quantas carnes roeste antes disso Quantas vidas parasitaste antes disso Grande homem, grande verme Põe-te agora no lugar do substrato Se antes só tua mente estava corroída Agora teu corpo também se dilui Se antes foste parasita e predador Agora és hospedeiro e presa Se antes julgava-te senhor Que diria agora tua língua podre Se teus escravizados olhos podres Pudessem ver-te