Eu não, eu não, eu não, eu não Eu no sei fazer versos sem odiar minha vida Completamente congelado, aqui que paralisia Eu já vivi tanto e em tão pouco tempo que tudo só vai se repetir Um ciclo constante de achar que eu tô conseguindo Teria sido melhor se eu nunca tivesse te conhecido Um mentiroso compulsivo O quanto cê' mente pra se sentir mais vivo? Parece que tudo ilusório Espero acordar de tudo isso fora do óbito Os meus manos no sentam mais no banco dessa praça O que restam são só lembranças vagas Eu vejo um ou outro enquanto eu ando na calçada Fingimos que no nos conhecemos Mas que vida rasa nesses anos não fui nada Cada um seguiu sua vida e sinceramente foi bem melhor assim Alguns saíram da cidade, outros se afundaram, mas e aí? E daí? O que eu faço por aqui? Cada um tem seu viajante e em um instante já sumi Melancolia nesse fim de tarde, não é alarde Desligue esse alarme, não quero destaque Se eu pudesse s voltar numa época mais simples Onde eu tinha toda essa felicidade e motivação pra fazer todas as coisas de verdade Os meus manos já amadureceram cedo demais Não tinha nenhum segundo de paz Eu achava que era feliz, mas eu tava por um trio Sua falsidade me escancara, eu preciso sair daqui Pera aí, 22 foi há dois anos atrás 25 já tá na porta, não posso negar Eu desespero bate forte, eu não sei como parar Seguir carreira, faculdade, meus manos precisam trabalhar Reais objetivos demoramos pra achar Me afastei de males, quero seguir viagem A passagem já tá cara, não tenho muita carga Me desfiz do meu passado, tá na hora de dar o próximo passo Toc Toc, o futuro bate na minha porta Eu não conheço esse cara e eu não vou abrir Eu não falo com estranhos, espiei no olho mágico E eu nem quero lembrar porque é trágico o que eu vi Vivendo à base de poucas memórias felizes E desculpas mal faladas que cobrem os meus deslizes Como um cão maltratado eu não sei me relacionar E eu sinto falta dos meus donos que causaram cicatrizes Entre o medo do futuro e a saudade do passado Vivendo sobre a pressão de tentar deixar um legado O mundo gira eu no posso ficar parado Pensando em andar mais alguns passos adiante Minha mente delirante diz que eu tô despreparado Vivendo como um nômade, eterno viajante É que o mundo gira eu no posso ficar parado Pensando em andar mais alguns passos adiante Minha mente delirante diz que eu tô despreparado Vivendo como um nômade, eterno viajante