E os meus reencontros Acordo cedo sempre às cinco, quase que cravado Mais de quinze ano que eu rimo pra não ser comparado Vivo livre, escrevo um livro por cada dia (caralho) Ativo, eu tive que achar um Deus pra tribo Sem intermediário Incendiar o meu diário Pra render mais que um salário Pagar a língua, as conta Até meu próximo aniversário Cash rules, dias caros Dias ruins? Sim, tem vários O que muda é que eu manipulo os cômodos do cenário Se eu dissesse pra ti que tudo é só sobre money Na verdade, houve um estudo Eu quero um Grammy e um cannes Metade disso tudo não é pra mim, é pra morrer Por isso, filha, lembra, tudo é só por você (E pra me erguer dos tombos) Meu banditismo é uma questão de classe Consciência de casta A pauta é vasta É predador ou caça É capitalismo selvagem Meus contemporâneos falando de topo Favela venceu (esquece) Após algumas estações (Todo mundo se esqueceu) Nas capitais de um país Com dimensões continentais Todos fingem que tão rico E não se juntam com os iguais Ajudei a transpor o rio Quando o eixo era sp-rio Mostrei que era possível Água potável, ahn (Às margens da dutra surgiu) Sem dom pros negócios Afrontando e vivendo do ócio criativo E o limbo depressivo É, me reergui dos destroços Dar minha vida no mic sempre foi meu plano pra estourar Sem ter que pá, precisar pegar Nos tuchos, PT ou ak É sonho e sina O amanhã incerto no pleno furor da alegria É trampo e sorte O ontem velado no pleno silêncio da morte Entre o holofote e a clínica Entre o bote e a vítima Entre a fome e a honestidade, mano A nossa glória é íntima Se eu dissesse pra ti que tudo é só sobre money Na verdade, houve um estudo Eu quero um Grammy e um cannes Metade disso tudo não é pra mim, é pra morrer Por isso, filha, lembra, tudo é só por você