Zaratustra me falou lá no monte Veja o segredo lá no fundo do horizonte Todo homem precisa passar por essa ponte E eu sentindo medo, fugia, fugia Descobri que um camelo bebe tanto Quanto o sapo preso quer fugir do seu encanto Eu me embriaguei várias vezes nesse manto De sabedoria, sabedoria Minhas cicatrizes ficam roxas no inverno Minha vida exige que eu caminhe pelo inferno Me disseram que ao céu não vai quem usa terno Eterno parece ser o mal de cada dia Meus amigos já estão todos mortos Eu tenho lembranças escassas dos seus corpos Que andavam certo, mas por caminhos tortos E eu abandonei por covardia Não vou escrever mais histórias tão cruéis Derramar meu sangue preenchendo seus papéis Ela surge quando - eu coloco meus anéis E surrando meu corpo, procuro não cair No brilho errado que me faz sentir amado No veneno que me rouba a força de viver Meu coração vai se tornando congelado Ela me diz que tudo irá se dissolver Senhor do tempo dai-me paz Pois todas as feridas não me deixam ir Enquanto o vento sopra minha pele arde mas eu Sei que dentro, o lobo mal procura me trair Senhor do tempo dai-me paz Pois todas as feridas não me deixam ir Enquanto o vento sopra minha pele arde mas eu Sei que dentro, o lobo mal procura me trair