Vem do ego uma canção Num momento de inspiração Da plateia os aplausos E no peito a emoção É mais uma ilusão O sublime é imolado Como bruxo medieval Ai tem o seu final Consumido pelas chamas Da fogueira anjo-letal É de morte o silêncio Que paira no ar Vai com o vento a fantasia Onde está a poesia? O tempo apaga a mente Parece ser da música rival Um cancioneiro sempre perpetua Faz o poeta imortal Um cancioneiro sempre perpetua Faz o poeta imortal Se existe uma história Quem poderá contar? Quero algo concreto Pra me identificar Se existe uma história Quem poderá contar? Quero algo concreto Pra me identificar Mas na sombra mercenária Os indolentes prostram de joelhos Seus agentes culturais remanescentes Mas na sombra mercenária Os indolentes prostram de joelhos Seus agentes culturais remanescentes