Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro no salão Se ouço o ronco de uma gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro no salão Se ouço o ronco de uma gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Sou índio macho, dos que vive arrinconado Por entre grotas, galponiando num fundão Gogote grosso, crina grande meio alçado Num só retosso, mesmo que potro gavião Sou índio macho, dos que vive arrinconado Por entre grotas, galponiando num fundão Gogote grosso, crina grande meio alçado Num só retosso, mesmo que potro gavião Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro no salão Se ouço o ronco de uma gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro no salão Se ouço o ronco de uma gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Por isso, amigos, quando a vida me embriaga E Deus me afaga, do de mão na de botão Largo na hora, uma vaneira atrevida De cola erguida, relinchando no salão Por isso, amigos, quando a vida me embriaga E Deus me afaga, do de mão na de botão Largo na hora, uma vaneira atrevida De cola erguida, relinchando no salão Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro no salão Se ouço o ronco de uma gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração