Eu vi na hora em que o piá cevou um mate Num poronguito proporcional à infância Gesto terrunho de quem já observara O ritual comum em um galpão de estância Sentou num cepo e após tomar o primeiro Com inocência e altivez já fez menção De alcançar o que, de jujo, tinha alma Bondade pura, altruísmo e educação O piazito vai dar bom! Foi o que eu disse ao patrão Terás orgulho do herdeiro! E mais! Penso que o coração Vai ter sempre a humildade De quem entrou num galpão! Eu vi na hora em que o piá pediu permisso Pra entrar na prosa da peonada mais velha Saber de domas, campos, tropas e rodeios Achei bem lindo ver o que a gente espelha Acarinhou um cusquito enrodilhado Se levantou ao ver o capataz entrando E ao ceder-lhe o cepo retovado Vi fidalguia e amor se manifestando