Já basta, já basta! Esses moleques malditos de novo! Pode se saber o que estavam tentando fazer com todo esse barulho? Não poderiam tocar em silêncio Digo, digo, digo, digo Sem fazer tanto escândalo Parem de me atazanar Parem de me atazanar Já não basta ter que aturar sempre aquele barriga do senhor chato Digo, digo, digo É, aquele chato do senhor Barriga me cobrando o aluguel E quando foi que eu atrasei o aluguel? Não respondam, não respondam E eu que já trabalhei de tudo Já fui cabeleireiro, sapateiro, carpinteiro, leiteiro Chegou o leiteiro, chegou cantando Chegou o leiteiro, chegou dançando Vai leite? Já vendi chapéus, sapatos ou roupa usadas! Quem tem! Já vendi até churros, churros, churros Os higiênicos churros de Dona Florinda Aí que droga Velha ridícula Mas não existe trabalho ruim O ruim é ter que trabalhar Já não basta todos os problemas E esses moleques ainda colocam o nome da minha vózinha na banda Tinham que ser os Netos de Dona Neves mesmo!