A noite entra sem bater Como se fosse à dona do mundo Derrama sobre nós seu manto negro Bordado de estrelas as fundo A dama de branco some diante dos meus olhos Vai ao mar Desaparece entre as ondas verdes Sinto que era Iemanjá A tribo se agita se ajeita Pra iniciar o ritual Flores, frutas em volta do fogo Não existe nada igual Oh! Não A areia fria se esquenta com o corpo da menina Que ouvindo a música Viaja sua mente vai acima E passa pela Índia, pela a Ásia Vai a áfrica fala com a mama que a pariu Fala que os seus filhos sofrem quietos, pretos, pobres Fracos aqui no sul do meu Brasil Mas conta que também que há muitos brancos Querendo ser adotados por ela Que trocam as batidas das estacas pelo reggae swingado das favelas Das favelas... Tira o menino do gueto Põe a menina na escola Só se dão bem nossos pretos No pandeiro ou na bola Tira a menina da rua Põe o menino a estudar Diz que ele tem seus direitos Que é permitido sonhar (2X).