Não basta doer todo dia É preciso estar como eu Perdido entre ideias vazias Correndo atrás do impossível Não basta doer todo dia É preciso sentir como eu Perdido entre pessoas frias Vivendo esperando um sentido E se o seu nome eu lia É preciso esquecer o meu Perdido entre fotos de infância Corroídas por anos de ausência Numa esquina de uma rua fria Você já passou e não viu Lembranças que a vida guarda Afogando a sede no rio Não basta doer todo dia É preciso saber o que é teu Esquecido entre frases perdidas O amor até parece possível Não basta doer todo dia É preciso querer o que é teu Perdido entre gente invisível A vida caminha sem brilho Me lembro de como doía É preciso ter o que é seu Perdido em meio a palavras Corroídas pedindo abrigo O passado vivendo o futuro Armadilhas que queimam a vida Exigindo lembranças vividas Os dias são sem saída