Minha alma são cartões postais De amor exposto ao Sol Varais de roupas coloridos Ou quintais de milho verde Mas sei perfeitamente quando penso Que quem me põe feliz e aventureiro Pode me elevar aos ares de repente Voando com as asas de mim mesmo Em meio a todo o caos da história Eu sei nitidamente quando vivo Que vou morrer berrando Urrando pela boca das palavras O que me toma o tempo E me constrange São as relações dos homens Com o seus salários A relação dos bois com o matadouro O que faz o jarros de acácias Amarrado num gesto inútil Você é uma quitanda exposta à Ilha Onde amanheço E volto pelo avesso Com a barriga cheia de sorrisos Um anjo, louco das profundezas do paraíso Das cavernas dafelicidade, amém